Dicas sensacionais para redes sociais no agronegócio

Por Rodrigo Capella

Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio. Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella (como é conhecido no mercado de agronegócio) é autor de diversos livros e artigos sobre comunicação e marketing. Idealizador do projeto “Alertas do Agronegócio”, que leva demandas do setor para o Executivo e o Legislativo, e fundador do site Marketing no Agronegócio (www.marketingnoagronegocio.com.br).

Fico contente ao verificar que, cada vez mais, as empresas do agro estão investindo em ações nas redes sociais. Trata-se de uma forma extremamente eficaz para criar uma sólida aproximação com o consumidor final e também para divulgar marcas junto a produtores e cooperativas. Mas, para ser assertiva, a atuação nas redes sociais precisa respeitar a linguagem, ambiente e características desses canais. E é aí que eu fico um pouco triste.

rodrigo capella agroinfluencer do agronegocio

Vejo muitas dessas empresas do agro não se atentando a conceitos importantíssimos das redes sociais, como propósito, público, relevância e alcance. Publicar um conteúdo com o objetivo de somente publicar não irá gerar engajamento, não terá sinergia e não causará impacto. Será simplesmente um investimento no escuro.

A atuação certeira precisa ser mapeada, planejada e analisada. Algumas ações que eu fiz nas redes sociais me ajudaram a entender mais sobre esse cenário. Com base nessas percepções, vou compartilhar algumas dicas com vocês.

Uma experiência inesquecível nas redes sociais

Com o objetivo de divulgar ações interessantes de produtores rurais junto ao varejo, lancei o site Agro no Varejo. Mas, como divulgar o site nas redes sociais? Simplesmente postando conteúdo? Com uma iniciativa diferenciada?

A resposta nos remete ao início deste texto: linguagem, ambiente e características desses canais.

A linguagem se refere a forma como o conteúdo é apresentado (texto, foto, vídeo etc). Já o ambiente é a própria rede social e, nesse sentido, vale observar a dinâmica da rede, a forma como o conteúdo é divulgado e as tendências de comportamento.

As características estão associadas a como escrever os textos, a como gravar os vídeos e a como tirar uma foto. É a forma de registro (formal ou informal, leve ou densa etc).

Foco em estratégia clara

Tendo esse contexto como base, idealizamos a seguinte estratégia:

1) Confeccionamos um quebra-cabeça para informar o lançamento do site Agro no Varejo, que foi enviado a jornalistas e influenciadores do Instagram. O resultado foi muito interessante, com postagens impactantes sobre o lançamento do site.

2) Gravamos vídeos que foram publicados no LinkedIn, destacando os principais tópicos e tendências do agronegócio no varejo e convidando as pessoas a visitarem o site Agro no Varejo.

A experiência me ensinou bastante sobre propósito, público, relevância e alcance. O propósito nos remete a objetivo claro, o público são os seguidores, a relevância é a importância da mídia e o alcance é a amplitude do canal.

Outro aprendizado que vale destacar

O lançamento do projeto Alertas do Agronegócio também enriqueceu os meus conhecimentos digitais. Com o objetivo de levar demandas de produtores rurais, empresas do agro e cooperativas para o Executivo e o Legislativo, o documento contemplava tópicos de fundamental importância, como uso de antibiótico na pecuária, logística, tecnologia e segurança no campo.

A divulgação do Alertas incluiu vídeos explicativos, fotos para registrar a entrega do documento e divulgação de trechos para motivar a participação de produtores rurais, empresas do agro e cooperativas.

O resultado foi muito interessante e somente foi alcançado porque as publicações nas redes sempre tiveram como objetivo engajar, explicar e motivar.

Dica de ouro para atuar nas redes sociais

As duas experiências aqui relatadas (Agro no Varejo e Alertas do Agronegócio) me ajudaram a entender, por exemplo, que o Instagram é uma rede em tempo real, que o LinkedIn é uma rede analítica, que o YouTube é uma rede de ensinamento e que o Twitter é uma rede informativa.

Essa é uma dica de ouro. Vamos colocá-la em prática?


Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio.

Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella é escritor, palestrante e também ministra cursos e treinamentos sobre comunicação digital.  E-mail: capella@acaoestrategica.com.br