A super evolução do marketing no agro
Por Rodrigo Capella
Três pontos têm contribuído diretamente para a evolução do marketing no nosso agronegócio. São eles: a) alteração no pensamento do produtor rural; b) fusões e aquisições de empresas do setor agro; e c) necessidade de conexão contínua.
O homem do campo tornou-se, nos últimos anos, um empresário de suas terras. Com isso, a valorização do conhecimento ganhou ainda mais espaço, juntamente com a maior adesão às tecnologias agrícolas.
As fusões e aquisições, impulsionadas pela chegada de multinacionais ou por estratégias empresariais de fortalecimento/abertura de mercados, reverberaram culturas e missões, muito mais afáveis ao mundo digital e suas plataformas correlatas.
Neste mesmo sentido, a comprovação – e por ventura, maior aceitação – das ferramentas digitais, em suas várias esferas do campo, sinaliza a necessidade de uma conexão permanente para se obter maior rentabilidade.
Atento a este cenário promissor, o marketing inova-se. Seja no formato do conteúdo, antes associado à venda propriamente dita, seja em seu período, não mais vinculado somente aos eventos e ações em agrorevendas.
Este contexto fortalece a defesa de causas do nosso agronegócio por parte das empresas, postura ainda muito rara no segmento. Enquanto produtores rurais se organizam em várias esferas e ferramentas, estruturas organizacionais resistem a levantar a bandeira contra maior tributação, a favor de uma melhor logística, ou ainda em defesa da agilidade na liberação de produtos.
A oportunidade está aí e a dúvida também: será que as empresas de agronegócio irão se mobilizar?
Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio.
Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella é escritor, palestrante e também ministra cursos e treinamentos sobre comunicação digital. E-mail: capella@acaoestrategica.com.br