Os ataques ao agronegócio
Por Rodrigo Capella
É incrível como, apesar da enorme contribuição para a economia e também para o contínuo desenvolvimento do Brasil, o agronegócio ainda seja taxado de vilão por muitos e muitos brasileiros.
Confesso que esta reação contra um setor de extrema importância me causa grande estranheza. Com o objetivo de mapear este cenário com maior profundidade, conversei com algumas pessoas que elevam o tom contra a agricultura e a pecuária.
Descobri, logo nos primeiros minutos, que este verdadeiro ataque ocorre por vários motivos, muitos deles dissociados. De um ambientalista, ouvi que o agronegócio é “o grande devastador do meio ambiente”.
Esta afirmação me incomodou. Retruquei falando sobre um grande edifício que está sendo construído perto de minha casa. A construtora removeu árvores centenárias e já começou a colocar concreto no lugar.
Outro dia, dirigindo pelo interior do país, encontrei incêndio na beira de uma estrada. Rapidamente, profissionais conseguiram controlar o fogo, mas o resultado era visível: mata, provavelmente nativa, havia sido destruída pelas chamas. Segundo me informaram, há grandes chances de a causa ter sido uma bituca de cigarro.
Estes dois exemplos mostram que outros agentes têm total incidência sobre o meio ambiente e que o nosso agronegócio não pode ser rotulado como grande devastador, apesar da insistência de inúmeros brasileiros.
De um outro profissional, que se intitula “defensor da fauna e da flora brasileira”, ouvi que o agronegócio está “contribuindo para a extinção de espécies importantes para o equilíbrio do ecossistema”.
Prestei atenção em seus argumentos, embora desprovidos de consistência. Se tivesse a atuação mencionada por este profissional, o agronegócio perderia a sua real vocação: alimentar o mundo.
Credito, portanto, a afirmação dele a mais uma tentativa de desestabilizar o nosso agronegócio, que, devido a muita competência, está bastante estruturado para seguir em frente e produzir.
Confesso que gostaria de somente entender os motivos de tais posturas, de tais atitudes. Será que algum dia irão entender que falar mal do agronegócio é o mesmo que falar mal do Brasil? Tenho dúvidas.
Rodrigo Capella é Diretor Geral da Ação Estratégica, empresa de comunicação e marketing com ampla experiência no segmento de agronegócio.
Pós-graduado em Jornalismo Institucional, Capella é escritor, palestrante e também ministra cursos e treinamentos sobre comunicação digital. E-mail: capella@acaoestrategica.com.br